Existem pessoas que tendem ao torpor. E com certeza essas pessoas não vão ler este texto. Ficarão com preguiça. É muito longo… longo? Longa é a Ilíada! Um post de Blog ou facebook é nadica de nada. É um tiquinho assim de algo maior. Uma pecinha de um quebra-cabeças de 5.000 peças. Um pedaço de pensamento que ecoa ou diverge com o pedaço de pensamento de outros 5.000 amigos, ou de infinitos seguidores.

Torpor que falo é preguiça mental. É comodismo nas ideias. É uma reflexão anestesiada. É se aprisionar num feudo mental onde você acredita ser o senhor soberano e absoluto num mundo imutável. Com as suas regras. Com seus muros e barreiras. Com a sua burrice fantasiada de roupa nova do imperador. Saia do seu torpor! Mas realmente, se você sair, seu mundo vai ruir. Você ouvirá na sua cabeça a voz de Maísa cantando: “- Meu mundo caiu…” Mas antes de você deixar o seu sólido mundinho frágil ruir, você vai sentir medo. Muito medo. E você vai atacar antes que precise se defender, afinal, o mundo real lá fora cheio de ideias vivas está ameaçando o seu mundinho de repolho aqui dentro. E você vai atacar sim. E vai queimar algumas bruxas e vai crucificar grandes filósofos e apedrejar pessoas que voam. E você se sentirá correto. Cheio da sua moral e do seu bom costume que você criou em seu feudo mental. E eu te direi: “- Parabéns, você brilhou!”. E você se sentirá satisfeito. E burro. Mas pensando ser uma pessoa muito humana. Uma pessoa humana. Mas na verdade você é uma pessoa tijolo. Você é uma pessoa coisa. Então quem sabe, pedimos a Thor com seu machado que te ajude a romper esses muros cheios de cruzes e culpas?

Oh! Pessoa humana amada. Pessoa humana querida! Dê aquele seu sorrisinho amarelo de quem não está entendendo nada. Um sorriso misterioso de Monalisa. E me dê um beijo. Assim, meio sem graça. E quem sabe um dia, um brilhinho surgirá no fundo dos seus olhos? Um vislumbre de consciência! E no dia em que isso começar, nada mais poderá impedir que você acorde.

Ass: Angelina

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Foto: Makely Ka – edição: Rosa Antuña