Em 2 de fevereiro de 2017 anotei isso aqui no meu caderno de criação:
” Agora é hora de sair da abstração da Angelina. Na dança ela é abstrata. Ela tem os estados, mas nenhuma ação concreta que se desenvolva com princípio, meio e fim. Como posso manter a poesia da dança e transitar para ações concretas? Com quebra total?
Quero que Angelina fale. Mas e se a fala fizer com que ela perca o encanto? Será que uso apenas gramelô?
Sinto que Angelina já está pronta. Agora só falta tirá-la da pedra, como uma escultura.
Será que Angelina canta? Será que Angelina canta? Será que Angelina canta?
Para criar é preciso ter uma boa dose de raiva.
Angelina tem algo sim, de celestial, cósmico e sagrado.”